Boletim sobre o câmbio — Elson Gusmão – diretor de Câmbio da Ourominas

O dólar abriu hoje em alta frente ao real, cotado por volta de R$ 5,38. O fator mais importante para o câmbio é a recente decisão de Donald Trump de zerar a tarifa de 40% sobre vários produtos agrícolas brasileiros. Entre os itens beneficiados estão café, carne bovina, frutas tropicais (como banana e laranja), sucos, cacau e especiarias.

A medida, retroativa a 13 de novembro, prevê ainda reembolso das tarifas já cobradas nesse período. De acordo com o governo brasileiro, é uma vitória diplomática: o presidente Lula afirmou que a decisão sinaliza mais respeito por parte dos EUA.

No mercado futuro de câmbio, os volumes ainda são moderados — sem convicção clara para grandes movimentos no curto prazo. Contudo, a retirada das tarifas pode intensificar a volatilidade, especialmente se houver novas sinalizações políticas ou econômicas importantes.

Para empresas brasileiras que exportam para os EUA, a retirada das tarifas representa uma oportunidade potencial para retomar exportações agrícolas que haviam sido penalizadas. Já para os investidores, a desoneração aumenta a atratividade de ativos brasileiros, podendo reforçar a entrada de capital estrangeiro.

O câmbio hoje reflete não só o diferencial de juros doméstico, mas também uma melhora na relação comercial Brasil–EUA, graças à redução de tarifas sobre produtos agrícolas brasileiros. Ainda assim, o real segue vulnerável a choques externos — especialmente se o Fed reajustar suas expectativas ou se novas medidas protecionistas forem adotadas.

Boletim sobre o ouro — Mauriciano Cavalcante – diretor de ouro da Ourominas

O preço à vista do ouro recuou para cerca de US$ 4.040 por onça-troy, após dados de emprego americanos mais fortes do que o esperado, que reduziram as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve.

A valorização anterior do ouro vinha sendo sustentada pela fraqueza do dólar e por apostas em cortes de juros, o que torna o metal mais atrativo como proteção em cenários de instabilidade. Agora, com o alívio dessas expectativas, parte dos investidores parece realizar lucros. Por outro lado, há ainda uma demanda estrutural, especialmente por parte de bancos centrais, que segue apoiando o preço.

Os riscos para o mercado incluem um fortalecimento adicional do dólar ou um Fed mais resistente a cortes, o que elevaria o custo de oportunidade de manter ouro. Por outro lado, qualquer sinal de aumento de incertezas macroeconômicas poderia reativar o apelo do metal precioso como hedge.

Em resumo: o ouro continua relevante como proteção, mas o momento atual reflete um ajuste diante das novas projeções de política monetária — cenário que pode mudar dramaticamente conforme os próximos dados econômicos ou decisões do Fed.

Sobre Elson Gusmão
Elson Gusmão é o Diretor de Operações da Ourominas, considerada uma das maiores empresas de ouro e câmbio do país. Formado em Gestão Financeira em 2016, está há mais de 8 anos na Instituição Financeira e DTVM. Faz análises sobre a cotação de câmbio de moedas e realiza comentários sobre as atualizações do mercado.

Sobre Mauriciano Cavalcante
Mauriciano Cavalcante é economista da Ourominas, uma das maiores empresas de compra e venda de ouro no Brasil. Bacharel em Negócios Internacionais e Comércio Exterior, o especialista comenta sobre a cotação do ouro e câmbio de moedas. Mauriciano também aborda sobre tendências do mercado nacional e internacional e sua correlação com o mercado cambial.

Sobre a Ourominas
A Ourominas (OM) possui anos de história e atuação. Ao longo desse período construiu uma sólida reputação, se consolidando como uma bem-sucedida instituição do mercado e referência no Brasil em serviços financeiros.
Atualmente a OM possui um portfólio diversificado de soluções financeiras no mercado de ouro ativo financeiro para exportação, investimento e consumo industrial, da qual é certificada na Americas Gold Manufacturers Association (AMAGOLD). E no mercado de câmbio de moedas estrangeiras para turismo e negócios internacionais, integra a Associação Brasileira de Câmbio (ABRACAM).
Em 2021, a OM foi a primeira Instituição Financeira da América Latina a possuir as certificações ISO 9001, 14001 e 45001, e em 2022, a OM foi a primeira Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) da América Latina a possuir a certificação Great Place to Work (GPTW).
Com uma estrutura completa de consultores especializados, oferece atendimento dedicado a diversos perfis de empresa ou pessoa física, moldando os produtos às necessidades dos clientes com qualidade, agilidade e baixos custos operacionais