Até 2030, quase metade das competências exigidas no mercado de trabalho será diferente das atuais, segundo o Future of Jobs Report 2025, do Fórum Econômico Mundial. O estudo aponta que comunicação, empatia e pensamento crítico estão entre as dez habilidades mais valorizadas — tendência já confirmada no Brasil, onde 70% dos executivos consideram a comunicação e a escuta ativa as competências mais requisitadas nas contratações de 2025, conforme o Evermonte Institute.

É nesse cenário que programas como a certificação internacional em Comunicação Estratégica, promovida pela World Customer Economic Science (WCES), ganham destaque. Criado nos Estados Unidos e adaptado ao público brasileiro, o curso busca integrar teoria e prática, combinando fundamentos acadêmicos e experiências corporativas.

“O LinkedIn analisou milhões de perfis em 200 países e identificou que, mesmo com o avanço da inteligência artificial, as habilidades interpessoais continuam em primeiro lugar — e a comunicação lidera essa lista. Isso nos deixa muito felizes, porque sempre acreditamos que comunicação é coisa séria”, afirma Milton Jung, jornalista e especialista em comunicação estratégica, membro do corpo docente da WCES.

Para Jung, comunicar não é apenas transmitir informações, mas um processo de desenvolvimento pessoal e profissional. “Através da comunicação eficaz é que abrimos portas, construímos relações maduras e nos destacamos no mercado”, complementa.

De acordo com a FGV, 67% das empresas brasileiras enfrentam dificuldades para encontrar profissionais qualificados, e 45% mantêm vagas abertas por falta de candidatos com o perfil desejado. Para especialistas, o desafio está menos nas competências técnicas e mais na capacidade de interpretar contextos, articular ideias e exercer influência em ambientes digitais e colaborativos.

“Uma comunicação profissional não é apenas uma forma de chegar às pessoas. É o melhor modo necessário para chegar às pessoas no espaço dos negócios e no espaço da convivência. A excelência é um horizonte que vamos buscar. Não se chega lá senão estaciona, mas segue adiante, procura dar um passo posterior”, reflete Mário Sérgio Cortella, filósofo e colaborador da iniciativa.

Enquanto o número de vagas relacionadas à inteligência artificial quadruplicou entre 2021 e 2024, segundo a PwC, cresce igualmente a procura por profissionais capazes de traduzir tecnologia em linguagem acessível e significativa.

No Brasil, a tendência já se reflete em programas de formação e requalificação profissional. Cursos voltados à comunicação e liderança registram aumento de procura desde 2023, segundo a ABED, evidenciando que desenvolver habilidades humanas é hoje parte essencial da empregabilidade.