O engenheiro de produção Eduardo Bottura procurou a Folha de Dourados, no início da tarde deste sábado (28), para tratar do teor de matéria publicada ontem (27), no jornal Campo Grande News, a qual lhe imputa várias acusações no bojo da prisão de Raquel Fernanda de Oliveira, em 04 de dezembro.

Como o caso desperta interesse da opinião pública e, portanto, é de competência do jornalismo, a Folha decidiu publicar o seguinte texto de Eduardo Bottura, com anexo do pedido de Habeas Corpus, em PDF, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ):

“EDUARDO BOTTURA: resposta a matéria do CAMPO GRANDE NEWS

Acordei hoje de manhã com uma falsa notícia publicada pelo Campo Grande News, site que já é condenado e executado por falsa notícia anterior contra mim (R$ 150.000,00 em valor histórico), além de condenado a publicação de direito de resposta (transitado em julgado).

Imediatamente procurei a jornalista Lucia Morel para apresentar minha versão e pedi para ela relacionar onde estariam as tais vítimas e documentos falsos que ela inventa na sua notícia.

Ela não respondeu, mas isso cuidarei na Justiça-Estado, através do devido processo legal.

Primeiro, esclareço que inexiste qualquer documento falso e que RAQUEL FERNANDA DE OLIVEIRA MERQUIADES BOTTURA nunca respondeu qualquer ação penal por documento Rfalso e nem qualquer outra ação penal. Ela é vítima de uma campanha cruel de difamação.

Em segundo lugar, a acusação contra RAQUEL é que o Delegado Marcelo MONTEIRO, em fevereiro de 2020, representou ao Juízo do DIPO para informar que o escrivão de polícia ROBERTO ELIAS teria instaurado um inquérito policial utilizando a senha fornecida livremente pelo Delegado MONTEIRO e que o Delegado supostamente não reconheceria citado inquérito.

O inquérito policial foi cancelado e a estória do Delegado é mentira comprovado por perícia.

No final de 2023, o MPE ofereceu denúncia acusando o escrivão de polícia ROBERTO ELIAS de ter falsificado um documento público e inseridado dados falsos no sistema da informação para cada ato praticado pelo usuário do Delegado MONTEIRO no citado inquérito policial.

RAQUEL FERNANDA DE OLIVEIRA MERQUIADES BOTTURA e eu fomos incluídos na denúncia pela acusação de termos “concorrido de qualquer forma” para os atos do escrivão de polícia.

Nove perícias foram realizadas comprovando que o Delegado MONTEIRO, primo da então Delegada Corregedora Geral MONTEIRO, mentiu patologicamete com a certeza de que nada aconteceria com ele na Corregedoria, mesmo por ter supostamente fornecido sua senha (como ele “diz”) para um escrivão praticar atos como se Delegado o fosse em 900 inquéritos.

Todos os demais escrivães de polícia que trabalhavam com eles foram ouvidos no PAD da Corregedoria, presidido pela Delegada Corregedora MONTEIRO, e todos eles testemunharam de forma compromissada de que a estória do Delegado de Polícia MONTEIRO é uma armação.

A RAQUEL foi presa preventivamente por ter domicilio em Portugal, por mais que já tivesse advogado constituído nos autos e defesa apresentada. Presa por um fato ocorrido em 2020?

Ela foi presa para me atingir. Não é presa. É refém. Vítima de uma crueldade e de uma injustiça.

As notícias que publicam contra ela é tortura. Isso será comprovado em foros internacionais.

Não há um fato verdadeiro nessas notícias escritas por uma associação de devedores.

Não há documentos falsos. Falsas são as notícias. Falsos são os processos para me atacar.

São condenados (como o Campo Grande News é!), reunidos visando constranger e reiterar ilícitos contra seus credores, o que resultará nas medidas legais cabíveis no Brasil e exterior.

Acredito no sistema judicial. A ação penal é sui generis e não passará da sua admissibilidade.

A resposta será, como sempre foi, pelo Poder Judiciário-Estado, seja no Brasil, seja no exterior.

Tudo que eu falo acima está comprovado nos autos do HC nº 971871/SP, em curso no STJ”.

Confira o Habeas Corpus: